Pelo Secretariado da FSM
Em apenas 48 horas, 89 pessoas, no Haiti, faleceram por causa da epidemia de cólera que deflagrou em 20 de Outubro. O número de vítimas mortais já causadas por esta epidemia é de 1275, segundo número do Ministério da Saúde.
Na capital, Porto Prince, onde está a maioria das vítimas do terramoto de 12 Janeiro, as condições sanitárias são inexistentes e o número de mortos aumenta constantemente. As acusações de que as forças de paz das Nações Unidas e, em particular o último contingente que chegou ao Haiti em Outubro, depois de um surto de cólera no Nepal durante o Verão, são os responsáveis pelo aparecimento da epidemia de cólera no Haiti, está a ser investigado formalmente pela Agência, mas demasiado tarde. Este feito provocou uma explosão de revolta por parte dos Haitianos, que saíram às ruas com manifestações e bloqueios de estradas durante toda a semana.
A epidemia de cólera no Haiti é uma prova mais de que os povos do mundo que sofrem a condenação da pobreza, as catástrofes naturais, as guerras imperialistas e a imigração massiva devido à agressividade e barbárie imperialista, sofrem também a insegurança, a incerteza e a miséria devido à falta de medidas de protecção contra epidemias e outras enfermidades evitáveis.
A Federação Sindical Mundial reafirma a sua solidariedade com o povo do Haiti que sofre a mortífera epidemia que está a afectar o País depois da devastação causada pelo terramoto de Janeiro passado que causou a morte a milhares de pessoas.
Seguimos de perto todos os acontecimentos na zona e, uma vez mais, expressamos nossa plena solidariedade com a classe trabalhadora do Haiti e esperamos que possam encontrar a força para superar esta tragédia. Exigimos que a ONU e a comunidade internacional ajudem, de imediato, e com acção para aliviar o sofrimento do povo do Haiti.