A Federação Sindical Mundial rechaça veementemente a atitude anti-sindical e contra os trabalhadores do governo liberal da Costa Rica que, com a reforma apresentada pela presidenta Laura Chinchilla Miranda, pretende abolir o direito de greve dos trabalhadores costarriquenhos. As medidas apresentadas pelo governo violam as Convenções 87 e 98 da OIT sobre a liberdade sindical e negociação coletiva.
A presidenta do país mentiu na Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em junho de 2012 na Suíça, quando anunciou a aprovação da Reforma Processual Trabalhista, mas, ao retornar à Costa Rica, a presidenta vetou imediatamente essa mesma reforma para promover outras que proíbem o direito de greve da classe trabalhadora, uma vez que a greve é uma ferramenta de defesa e de luta dos trabalhadores pelos seus legítimos direitos. Hoje, o governo mente outra vez, afirmando que tem o respaldo do movimento sindical do país. As medidas propostas não contam com a aprovação dos setores sociais, políticos e muito menos dos movimentos sindicais classistas com ampla representatividade.
A Federação Sindical Mundial reitera que o direito de greve forma parte da liberdade sindical. É uma expressão da luta de classes e da coordenação das ações e dos programas das organizações sindicais. É um meio legítimo essencial dos trabalhadores para a melhoria, defesa e reivindicação dos seus interesses econômicos, trabalhistas e sociais. Um direito irrenunciável e não negociável que foi conquistado com as lutas de milhares de trabalhadores que tiveram de suportar repressões, perseguições e que nunca se posicionaram na colaboração de classes e nem no oportunismo, sofreram torturas, prisões, foram vítimas de assassinatos e desaparecimentos. Esses são os mártires da luta sindical que ofereceram suas vidas e seu sangue na defesa e no exercício do direito de greve, única maneira de combater a intransigência e agressão dos empresários em cada um dos países.
O governo da senhora Laura Chinchilla Miranda, segue o comportamento dos governos anteriores, continua privando os trabalhadores e o povo costarriquenho de direitos e liberdades fundamentais, beneficiando assim, ao capital e as empresas transnacionais.
A Federação Sindical Mundial reitera sua condenação a atitude anti-sindical e antidemocrática do governo da Costa Rica e expressa sua plena solidariedade de classe às forças classistas do Movimento Sindical Costarriquenho com os trabalhadores e o povo de Costa Rica.