Estimados companheiros,
Em nome da Federação Sindical Mundial e dos 82 milhões de trabalhadores representados por ela em 120 países do mundo, brindamos com saudações camaradas e desejo ao congresso da AIBEA um grande sucesso.
Seus debates e suas resoluções contribuirão significadamente para o reforço do movimento sindical classista em um período crucial para a classe trabalhadora.
A dinâmica e as greves bem sucedidas organizadas pelos membros da FSM na Índia, são uma parte muito importante das lutas do movimento sindical classista pelas reivindicações justas dos trabalhadores. Estamos do seu lado em solidariedade e desejamos todo sucesso à Greve Geral em toda a Índia que vocês estão organizando para os dias 20 e 21 de fevereiro de 2013.
O capitalismo global com a União Européia e os Estados Unidos, em particular, segue cada vez mais profundamente na crise capitalista internacional, enfrentando suas próprias contradições. A concorrência de vida ou morte dos grandes grupos monopolistas se intensifica. A agressão imperialista está mais intensa e mais implacável com o propósito de controlar e explorar os recursos que produzem riquezas (mineração, petróleo). Ao mesmo tempo, a política contra o povo e a política opressora e repressora é cada vez mais dolorosa para o povo. Lutas importantes estão se desenvolvendo em todo o mundo.
Durante a crise internacional capitalista, os bancos na Europa e nos EUA estão sendo apresentados como vítimas que necessitam do nosso cuidado e apoio. Milhões de dólares de investimentos estatais, concentrados pelos impostos excessivos pagos pelas camadas populares, são entregues generosamente para a “recapitalização” dos bancos. Ao mesmo tempo, a crise se converteu em uma oportunidade para que os “grandes” sejam mais fortes nesse cenário, devorando os mais fracos da concorrência e acumulando mais capital. Os próprios banqueiros confessavam em 2009 que “os maiores bancos comerciais do planeta ficaram mais fortes, tornando mais difícil para os Estados, onde operam, apresentar soluções para os problemas atuais”.
O antigo diretor do FMI disse em 2009: “um dólar para os bancos hoje é mais necessário que para os hospitais ou pontes”.
Contudo, até os bancos mais lucrativos estão demitindo dezenas de milhares de trabalhadores. Os banqueiros estão nadando em seus lucros, enquanto os trabalhadores bancários vivem na pobreza. Os grandes proprietários a indústria estão cada vez mais ricos, explorando o suor dos trabalhadores e os trabalhadores não podem nem comprar os produtos produzidos por eles mesmos.
Em nome da FSM, quero expressar uma vez mais a solidariedade nas lutas do seu setor. Os trabalhadores no setor de finanças do capital têm a capacidade de ver com seus próprios olhos as enormes riquezas que estão acumulando-se em poucas mãos, enquanto que os trabalhadores que criaram estas riquezas sobrevivem com menos que o básico, vivendo em moradias inapropriadas, com nutrição inapropriada, sem acesso a água potável, sem educação pública para seus filhos, sem atendimento médico apropriado, em um ambiente onde o aumento de preços é insuportável, onde a migração dos trabalhadores é uma ferida enorme para a família trabalhadora.
Neste período de barbárie capitalista, a FSM está dando passos. Se fazendo mais forte. Desenvolve ação por todos os grandes problemas da classe trabalhadora internacional. Ganha mais filiados. A FSM tem presença e ação em todos os continentes. Para analisar e atuar de uma maneira mais concreta sobre os acontecimentos internacionais no setor de Bancos e Seguros, a FSM criou a União Internacional Sindical UIS-BIFU, uma organização para os sindicatos deste setor em nível mundial.
A contribuição da AITUC nesta luta necessária é muito importante. Com sua participação na política da FSM, no Secretariado, com sua contribuição do seu funcionamento e a direção da Sede Regional da FSM, na região da Ásia-Pacífico, cumpre com grande importância seu dever de solidariedade internacionalista.
O camarada C. H. Venkatachalam é um grande militante e internacionalista que segue oferecendo muito para que a voz da FSM chegue a cada trabalhador e a cada sindicalista militante. Sendo membro do Conselho Presidencial da FSM, Secretário Geral da UIS de Bancos e Seguros (BIFU) e chefe da Comissão de Controle Financeiro da FSM, ele contribuiu muito para o rumo ascendente da FSM durante estes últimos anos. Só a luta de classes organizada pode entregar soluções às reivindicações justas do movimento sindical classista.
Muito obrigado.
Viva a classe trabalhadora da Índia!
Viva a classe trabalhadora internacional!
Viva a FSM!