A Federação Sindical Mundial rejeita da forma mais absoluta o anúncio dos planos da Nissan de demitir 12.500 trabalhadores em todo o mundo nos próximos 3 anos. O pretexto para as demissões, mais uma vez, foi a diminuição dos lucros da transnacional em relação aos obtidos há alguns anos.
No momento em que a empresa tenta conter as consequências das acusações de corrupção contra seu ex-diretor-presidente, ela mantém sua previsão de lucro de 230 bilhões de ienes para o ano que termina em março de 2020, apesar da redução comparativa de sua rentabilidade.
Por outro lado, os trabalhadores da Nissan sempre foram explorados pela transnacional, gerando lucros imensos e ganhando migalhas. Os trabalhadores, outro ano, não participaram dos ganhos de 2017 ou 2018. Ou seja, a empresa que não recompensou seus trabalhadores pelo aumento da rentabilidade no passado, decidiu agora fazê-los pagar o preço de queda de sua rentabilidade.
A FSM e o movimento sindical de classe internacional, representando mais de 97 milhões de trabalhadores em 130 países, denunciam a decisão inaceitável da Nissan e expressam sua solidariedade internacional e de classe com os trabalhadores de cada país. Exigimos o cancelamento de demissões planejadas sem isenções ou exceções.
Nós não vamos pagar pela sua crise!
O Secretariado